GULSTREAM é um herbicida não seletivo, de contacto e sistémico, com ação residual, composto por duas substâncias ativas, o glifosato (sob a forma de sal de isopropilamónio) e o diflufenicão.

O glifosato é um derivado da glicina, absorvido pelas folhas e caules, tem rápida translocação através do simplasto. Inibe a biossíntese do aminoácido shiquimato (inibindo a atividade da enzima (5-enolpiruvilshiquimato-3-fosfato) sintase, EPSP sintase) (Grupo 9 do HRAC).

O diflufenicão pertence ao grupo químico de fenil-éteres. É absorvido principalmente pelos cotilédones em germinação, mas também pelas raízes em desenvolvimento, com translocação limitada. Quando aplicado em pós-emergência é absorvido pelas folhas e translocado até aos tecidos apicais, inibindo a biossíntese dos carotenóides (inibe a atividade da enzima fitoeno-desaturase, PDS) (Grupo 12 do HRAC).

A combinação do modo de ação destas duas s.a. cria um efeito sinergético, permitindo a gestão de resistências e um amplo espectro de ação no combate a infestantes, incluindo gramíneas anuais e perenes e infestantes de folhas largas.

O efeito residual no solo tem uma persistência de até 120 dias. Para prolongar no tempo o efeito residual, este produto pode ser combinado com uma pequena dose de um herbicida com base em flazassulfurão.

• Aplicar o produto através de pulverização dirigida ao solo, com uma pressão de 2-3 bar, em redor do tronco das árvores, de modo a garantir uma boa cobertura.
• A aplicação deve ser em bandas, tratando apenas 50% da superfície do terreno.
• Não aplicar em pomares, olivais e vinhas com menos de 3 anos.
• Efetuar a aplicação com bom tempo e sem vento. Evitar tratar com temperaturas elevadas. Não aplicar quando se prevê chuva nas 6 horas seguintes à aplicação.
• Não mobilizar o solo nas primeiras 3-4 semanas após a aplicação para o controlo de infestantes vivazes e nas 48 horas seguintes à aplicação no caso de controlo de infestantes anuais.
• Utilizar pulverizadores equipados com bicos protegidos ou bicos anti-deriva nos casos de plantas jovens e culturas mais sensíveis.
• Não aplicar junto a videiras e árvores de fruto que apresentem clorofila (cor verde) nos caules e troncos.
• Durante a aplicação não atingir as partes verdes das culturas, árvores muito jovens que não estejam bem lenhificadas e feridas recentes de poda. Deve decorrer um período mínimo de 2 semanas entre a poda e a aplicação do herbicida.
• A aplicação repetida, na mesma parcela, de herbicidas contendo substâncias ativas da mesma família química ou com o mesmo modo de ação podem conduzir à ocorrência de resistências em espécies anteriormente suscetíveis. Para evitar o desenvolvimento de resistências, recomenda-se proceder, sempre que possível, à utilização de herbicidas mistos ou à alternância de herbicidas de diferentes famílias químicas ou com diferente modo de ação.